Umberto Eco (Nova Fronteira, 1993)
Quando eu li esse Pós-escrito... pela primeira vez, pensei em Monteiro Lobato no capítulo em que Umberto Eco escreve sobre os mundos imaginários - na verdade sobre qualquer mundo ficcional, ainda que ele tenha existido mesmo, como a Itália medieval em que ambienta seu O nome da rosa. Não tenho dúvida de que Eco resume, ali, a regra mais básica de qualquer romance bem-sucedido: entender o universo do qual se fala, ainda que boa parte desse conhecimento nem chegue perto das páginas finais. (J.K. Rowling mostrou-se uma aluna nota 10 em sua saga de Harry Potter.)
Portanto, muito mais do que servir como um complemento ao thriller medieval, o Pós-escrito... é o making-of de O nome da rosa. Nele Umberto Eco explica, por exemplo, por que as 100 páginas iniciais do livro são tão chatas. E, com sua narrativa envolvente, ele nos deixa com vontade de voltar ao thriller mais uma vez.
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