Vinicius de Moraes (Companhia das Letras, 1992)
Toda adolescente que se preza sabe recitar de cor e salteado - ou pelo menos sabia, na minha época - o Soneto de fidelidade, de Vinicius de Moraes. E acho que foi por causa dos sonetos, que hoje acho adocicados demais, que me interessei por esse livro (ok: não faz tanto tempo assim eu escrevi uma dedicatória com o Soneto do amigo; achei que podia impressionar).
Minha edição, comprada do finado Círculo do Livro, tem mais de vinte anos. E sempre que volto a ela volto a meu poema preferido de Vinicius, se não meu poema preferido em língua portuguesa: Ausência. Como é que pode algo tão conhecido emocionar sempre, a cada vez que se retorna a ele? Até hoje só consegui decorar o começo, acho que os dois primeiros versos. E, por alguma ironia, tenho na cabeça poemas inteiros de autores menores, aprendidos ainda durante a adolescência. Vai ver me recuso a decorar Ausência para ter sempre o prazer de voltar a ele. E continuar me emocionando.
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