domingo, 2 de dezembro de 2007

O nome da rosa

O nome da rosa
Umberto Eco (Nova Fronteira, 1983)

O próprio Umberto Eco, em seu Pós-escrito a O nome da rosa, disse que as primeiras 100 páginas do romance são uma espécie de teste de paciência. Só quem consegue atravessá-las merece ler o livro todo. Faltou avisar que muito mais páginas podem ser chatas, e que quem chega a O nome da rosa querendo uma história policial, como o filme dá a entender que seja, vai cair do cavalo. Sim, a identidade do monge que começa a matar seus colegas permanece desconhecida até quase o final da trama. Mas o verdadeiro mote do livro são as questões filosóficas e teológicas do protagonista, Guilherme de Baskerville (e depois do filme não dá mais pra imaginá-lo com outro rosto que não o do Sean Connery).

Li O nome da rosa duas vezes, no final da adolescência. Na primeira, não entendi nada. Na segunda, até fiz o desenho do labirinto da biblioteca para melhor acompanhar a história (não sei se foi útil). Continuo, até hoje, ignorante a respeito das questões filosóficas e teológicas de Guilherme de Baskerville. Lembro da aflição que senti ao ler sobre o fogo na biblioteca, a tristeza por imaginar a perda de tantas obras. Lembro do assassino e de seu motivo torpe para destruir os livros. Gosto da idéia de um narrador que ouviu a história de um terceiro, que a leu no manuscrito de outro alguém. Mas o que eu guardo do livro, até hoje, é uma frase dita por Guilherme de Baskerville quando seu assistente, Adso de Melk, pergunta o que lhe incomoda mais na pureza. "A pressa", responde Guilherme.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Isabel!

VC saberia me dizer por que a obre se chama " O nome da Rosa" ?

Beijos e adoro seu blog :)

Isabel Pinheiro disse...

Putz, sabe que eu já li isso em algum lugar? Mas minha memória fraquíssima não consegue recuperar a informação: nem o por quê do título, nem onde li sobre isso...