Erico Verissimo (Companhia das Letras, 2005)
É reconfortante ler os primeiros romances de Erico Verissimo depois de ter passado por sua obra-prima, O tempo e o vento - no mínimo, é bom saber que talento e boa escrita podem, sim, melhorar com o tempo. Lançado no final da década de 30, Olhai os lírios do campo tem um quê da ingenuidade inerente à época em que foi escrito. Não na trama, até avançadinha, e sim na narrativa, na escolha do vocabulário, talvez até na atitude dos personagens principais. Sei lá, é tudo impressão. Não sou nem nunca fui crítica literária.
Nos anos 70, a história de amor entre os médicos Eugênio e Olívia foi adaptada para uma novela da TV Globo (não tenho nada contra Nívea Maria, até simpatizo com ela, mas foi gratificante ler o romance sem pensar nela como Olívia. Olívia, para mim, é mais suave, ainda que forte e irritantemente abnegada). De origem simples, Eugênio se casa com uma ricaça mesmo apaixonado pela colega. Ela se muda de cidade e os dois voltam a se encontrar algum tempo depois. E aí...
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