Edy Lima (Global, 2007)
Era tão bom quando as histórias infantis podiam ser o que bem quisessem, sem se preocupar com lições de moral ou com o politicamente correto, quando existiam em mundos que não precisavam seguir a lógica e a coerência - Harry Potter não vale, porque trata de um universo mágico, sim, mas totalmente lógico e coerente. Edy Lima, com sua série de aventuras da Vaca Voadora, foi uma das mestras desse gênero que eu nunca mais vi.
As histórias da Vaca eram narradas por Lalau, um garoto de 6 anos que vivia com as tias Maricotinha, cozinheira incansável, e Quiquinha, uma séria alquimista. Um dia aparece o primo Gumercindo, trazendo uma vaca de presente para as tias. A Vaca (agora com maiúscula, que já virou parte da família) bebe o elixir de levitar de tia Quiquinha. E Lalau sai voando em cima dela. A série teve outros livros - A vaca na selva, A vaca deslumbrada -, mas foi o primeiro que abriu, para mim, o delicioso mundo do surrealismo infantil.
Um comentário:
Minha mãe lia muito a coleção da Vaca, inclusive, ela ainda têm alguns, só que eu nunca li... Estou lendo agora e sempre A Inspetora, amo muito!
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