Hérica Marmo e Luiz André Alzer (Record, 2002)
Em 1984, Sonífera ilha foi a trilha sonora das minhas férias de julho no Guarujá. Pouco depois, vi com minha prima um show dos Titãs no auditório do Anhembi, em São Paulo, e morri de aflição das caras feias de Arnaldo e Branco, que se jogavam no chão do palco e ficavam fazendo micagens a um palmo da nossa cara. E a gente lá, pulando e cantando, como foi em tantos outros shows da banda que vi ao longo dos anos.
Mesmo chapa-branca (Nando Reis, que havia acabado de se desligar dos Titãs, é meio que tratado como um pária no fim do livro), essa biografia me agradou pelo simples fato de contar a história de uma banda onipresente em minha vida. Eu fui adolescente com os Paralamas e os Titãs. Em uma fase de incrível auto-afirmação, no comecinho dos anos 90, Medo e O pulso foram meus hinos de resistência (bem, até certo ponto ainda são). Num show belíssimo para um estádio do Pacaembu vazio, em 1992, vi os Titãs e os Paralamas juntos, no palco, e entendi que eu podia gostar das duas bandas ao mesmo tempo. Senti a saída de Arnaldo Antunes. A morte de Marcelo Fromer. A saída de Nando Reis. E aí parei de ouvir os Titãs, porque do jeito que eles ficaram eu prefiro os discos solo tanto do Arnaldo quanto do Nando.
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