Arthur Hailey
Passei a manhã de hoje num hospital para fazer dois exames chatinhos, mas indolores, e me lembrei desse livro enquanto congelava na sala de espera (será que os caras mantêm a temperatura lá dentro dez graus a menos do que faz lá fora só pra mais gente ficar doente e precisar de mais serviços hospitalares? Só pode ser. 31ºC na rua e 21ºC no hospital. Eu vi no termômetro).
Houve uma época, provavelmente a adolescência, em que eu curtia esse tipo de livro-catástrofe, como os de Arthur Hailey - dele, me lembro de ter lido também Hotel, e talvez Aeroporto. Claro que pouquíssima coisa restou na minha memória. Um monte de gente presa num elevador quebrado, mas isso pode ter sido em Hotel. De Hospital, o que ficou foi uma médica ou enfermeira chamada Vera, que se apaixona pelo médico bonitão e, correspondida, faz planos de se casar com ele. Mas um dia ele está alisando a perna dela e percebe alguma coisa estranha num dos joelhos. E faz um exame. E encontra um tumor. E Vera tem que amputar a perna. E aí desiste de se casar com o médico porque acha cruel que ele tenha que acompanhá-la na praia e que todos fiquem olhando porque ela só tem um toco de perna. E o filho-da-puta do médico concorda com essa teoria bizarra. Bota catástrofe nisso.
6 comentários:
Médico malvado esse. Se ela tivesse que amputar as duas pernas, ainda vá lá, mas amputando uma só, ela ainda poderia ir à praia pulando como um saci.
Hahahaha, que cruel, Arnaldo!
Hospital lembra mesmo livros catástrofe, esse é de matar mesmo...:) Que os exames revelem ótima saúde pra vc.
beijo,
clara lopez
Já passei por essa fase, livros horrorosos...
Teve também Inferno na Torre! Maldito Círculo do Livro.
Deixa voltar para Bernard Cornwell, meu companheiro dessa idade atual.
bjs, Waldir
É verdade, Waldir. Eu li muita coisa bacana do Círculo do Livro, mas aquela obrigação de comprar às vezes fazia a gente cometer umas insanidades... :-) Beijos
A proposta da jovem que teve a perna amputada no drama parece, a primeira vista, um tanto drástica e um tanto infantil, mas tinha procedência. A princípio o jovem médico só queria transar com ela, quando disse que a amava foi uma declaração desprovida de bom senso e influenciada pelo entusiasmo do momento. Trata-se de uma ficção, contudo, na vida real ações tomadas por causa de uma declaração precipitada muitas vezes levam a um casamento fadado ao fracasso. Muitas vezes duas pessoas que dizem se amar mutuamente descobrem que o seu amor não é o que parecia quando surge a oportunidade de ficarem um tempo razoável longe um do outro. O jovem médico não a amava, pois do contrário, o curto tempo que ficaram separados e o fato de a garota ter se tornado uma perneta não o intimidariam, na verdade o deixaria mais convicto de que precisava dela na vida dele.
É lamentável que alguns casais descobrem que não se gostam tanto assim poucas horas depois que se casam ou alguns minutos depois da transa.
Postar um comentário