Laurentino Gomes (Planeta do Brasil, 2007)
Durante o almoço de ontem, eu e meu amigo falávamos de nossas leituras recentes quando ele se lembrou de uma biografia de Robert Fitzroy, capitão do Beagle, o navio que levou entre seus passageiros um jovem Charles Darwin cheio de ideias e muita curiosidade. Empolgado, meu amigo falou: "É muito melhor que o 1808!" Eu disse que gostei de 1808, um livro levinho, fácil de ler. Pensei bem: tão fácil e tão levinho, na verdade, que ao passar de um capítulo para outro eu já tinha me esquecido do que acabara de ler.
Todo mundo viu o fenômeno em que se transformou esse livro de Laurentino Gomes, jornalista com passagens pelo Estado de S. Paulo e pela Veja. Não foi um fato inédito: no final dos anos 90, o também jornalista Eduardo Bueno conseguiu feito semelhante com A viagem do descobrimento e os outros volumes da coleção Terra Brasilis, que tratava da história do Brasil de um jeito... bem, levinho e fácil de ler. Vendem horrores, e eu acho ótimo. Por mais que muita gente torça o nariz porque não são escritos por historiadores ou porque tratam dos fatos com mais ação e usam uma linguagem informal, pelo menos atingem o objetivo maior de todos os livros: serem lidos. E se conseguem despertar o interesse das pessoas pela História ou por outros livros, o mérito só aumenta.
2 comentários:
Verdade, isabel, eu gostei muitíssimo do livro do Laurentino, e li a edição para jovens, veja vc, bem simplesinha mas ótima, e informativa tb.
beijo,
clara lopez
Eu tô tentando me lembrar e não consigo, Clara... Não teve recentemente ainda um outro do mesmo gênero? Bjs!
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