Criação
Gore Vidal (Nova Fronteira, 2006)
Quando eu passo pela estante e vejo esse livro, tenho dois sentimentos contraditórios: penso no quanto eu gostei e no quanto achei chata a maior parte da leitura. Confesso, com certa vergonha, que cheguei a pular alguns parágrafos - até onde me lembro, umas descrições longuíssimas de viagens longuíssimas com gente estranha ao narrador. Algum tempo antes eu tinha lido Juliano, também do Gore Vidal, e não tive a impressão de ser chato; na verdade, de ser cansativo.
Quem conta a história é Cyrus Spitama, neto de Zoroastro e seu herdeiro espiritual, por assim dizer. Mas a mente do sujeito é inquieta e ele não parece totalmente convencido da origem do mundo e do significado da existência humana segundo os preceitos do zoroastrismo. Quando seu amigo, o rei (imperador?) Xerxes, o manda em missão diplomática para a Ásia, ele vai de bom grado e, no meio do caminho, tem a sorte de conhecer e filosofar com gente como o Buda e Confúcio - além dos gregos Sócrates e Péricles, com quem vem a conviver depois. Se minha memória ainda serve para alguma coisa, depois de várias jornadas Cyrus Spitama chega à conclusão óbvia: não há respostas para suas perguntas existenciais.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
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