O pequeno Nicolau
Sempé e Goscinny (Martins Fontes, 1998)
Quando li O pequeno Nicolau pela primeira vez (já reli várias, e li também outros livros dessa série infantil), eu não conseguia parar de rir. Pra começar, foi escrito por René Goscinny, o mesmo roteirista dos quadrinhos de Asterix. Depois, Luis Lorenzo Rivera fez um belíssimo trabalho de tradução. Dá gosto ler as aventuras do moleque endiabrado que narra diversas historietas em primeira pessoa, sob um ponto de vista legitimamente inocente e ingênuo. Goscinny explora muito bem cada detalhe da infância de Nicolau, um garotinho francês de uns 6 ou 7 anos, na França da década de 1950. E, mesmo com essa idade, a história não ficou datada - talvez, aliás, faça rir ainda mais por causa da distância.
Adoro a maneira como Nicolau descreve seus colegas de escola: Godofredo, que tem um pai rico, Eudes, um fortão que bate em todo mundo, Clotário, o burrão da classe, Alceu, o comilão, e Agnaldo, o impagável queridinho da professora, em quem ninguém pode bater porque ele usa óculos, e que faz chilique toda vez que leva bronca. E adoro a maneira como Nicolau, em quase toda historinha, descreve de novo seus colegas de escola, numa repetição engraçada e típica da infância. Este primeiro volume da série tem dezenove histórias - minhas preferidas, se é que dá pra escolher apenas algumas, são O futebol, Djodjo, O lindo buquê e Fui visitar o Agnaldo. Esses personagens moram num lugar especial em minha cabeça - e ainda ganharam, no papel, o traço preciso de Jean-Jacques Sempé, que ilustrou primorosamente as histórias.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
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