sexta-feira, 5 de outubro de 2007

A menina que roubava livros

A menina que roubava livros
Markus Zusak (Intrínseca, 2007)

Confissão nº 1: comprei esse livro assim que ele foi lançado porque achei a capa muito, muito bonita.

Confissão nº 2: tivesse esperado mais tempo para comprar e ler o livro, eu o teria deixado de lado por puro preconceito. Tamanho sucesso e conseqüente exposição me levariam a crer que esse não passava de outro best seller de gosto duvidoso, como as pipas e os livreiros e Cabul.

A história é narrada pela Morte, que conta de seus três encontros com uma menina chamada Liesel, a garota do título. Liesel é alemã na pior época da História: logo antes e durante a Segunda Guerra Mundial. Órfã dos pais por causas políticas, Liesel vai parar na casa de uma família alemã nada nazista. Logo conquista os pais adotivos. E faz amizade com o garoto vizinho. E então surge um Judeu. E o Judeu desenha e escreve uma história para Liesel. Contar mais seria estragar o lirismo, a tristeza e a sensibilidade da história de Zusak, escritor australiano de pais alemães que viveram a guerra . Zusak esteve no Brasil para a Bienal do Rio de 2007. Numa entrevista a Edney Silvestre para a Globonews, contou que uma das histórias mais terríveis do livro - a do judeu e do pedaço de pão - foi presenciada por sua mãe na Alemanha. Mérito de Zusak: seu livro é, sim, bem triste. Mas nada deprimente.

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