Louisa May Alcott (Ediouro, 1995)
Minha mãe tinha uma amiga que morava numa casa esquisita, no Alto de Pinheiros, e eu só gostava de ir até lá porque um dos quartos - o que dava para a rua - tinha uma espécie de biblioteca, uma estante enorme e cheia de livros, vários deles infantis (nessa época eu devia ter uns 12, 13 anos). Tenho quase certeza de que foi lá que li Flicts pela primeira vez. Foi lá, e disso me lembro bem, que li O menino do dedo verde. E Mulherzinhas, que na minha memória aparece num volume de capa dura branca, muito melhor que as capas de hoje, como essa, da Ediouro.
Um pouco antes, um pouco depois, vi na "Sessão da Tarde" a versão de Mulherzinhas com Elizabeth Taylor como Amy. Nem assim os personagens, principalmente as quatro irmãs March, deixaram de ter as feições criadas pela minha imaginação. Eu adorava Jo e Meg, torci para Jo ficar com Laurie e, relendo o livro vários anos depois, fiquei um pouco decepcionada com um certo moralismo conformista. Mas não teria dúvida em encarar a história ainda uma outra vez.
Update em 3/4: O comentário da Eliana, aí embaixo, me fez lembrar de uma coisa. Eu estava numa feirinha ao ar livre de livros usados em Cuba, em 2006, tentando pescar alguma coisa escrita em inglês (não sei ler em espanhol). E encontrei um livro que nem sabia existir: Little men, também da Louisa May Alcott, que seria uma continuação de Mulherzinhas (Little women, no original). Será o mesmo livro que a Eliana leu?