domingo, 22 de março de 2009

Rotten reviews and rejections

Rotten reviews and rejections
Bill Henderson e André Bernard (Pushcart Press, 1998)

Tenho ouvido falar muito em A arte de recusar um original, lançado recentemente pela Rocco. Ainda não tive tempo nem de dar uma folheada na livraria, mas sei que o autor, Camilien Roy, criou 99 cartas fictícias de rejeição a um original - parece que tem até uma página toda em branco, já que não seria necessário dizer nada a respeito do texto descartado.

É uma boa ideia. Mas divertido, mesmo, é esse Rotten reviews and rejections, uma compilação de críticas e cartas de rejeição verdadeiras recebidas por livros e/ou autores hoje famosíssimos. Melhor: algumas vezes, quem detona também é conhecido - Emile Zola, sobre As flores do mal, de Baudelaire, escreveu que "daqui a cem anos, a história da literatura francesa só vai falar desse livro como uma curiosidade" (as traduções, pobrinhas, são minhas mesmo).

Outros exemplos:
"É impossível vender histórias sobre animais nos Estados Unidos" (A revolução dos bichos, George Orwell);
"Parece que a garota não tem nenhuma percepção ou sentimento especial que poderiam elevar o livro além do nível de 'curiosidade'" (O diário de Anne Frank, Anne Frank);
"Sobre esse livro, dá pra dizer - com confiança suficiente - que não é escrita. É pesquisa" (A sangue frio, Truman Capote, crítica no The New Republic).

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