O passado
Alain Pauls (Cosac Naify, 2007)
Comprei O passado assim que li uma entrevista de Alain Pauls publicada na Folha de S. Paulo e vi o escritor falando ao público na Livraria Cultura, em julho - meu exemplar está até autografado. Mas não o abri de imediato; imaginei que havia muito em comum entre a história de Rímini e Sofia e uma história vivida por mim recentemente, e que terminou de uma maneira muito cruel. O nome Sofia, a escrita, os bilhetes, tudo o que eu sabia existir no livro me afastou dele por alguns meses. Depois, inventei de ler a biografia do Freud pelo Peter Gay, um catatau de 700 páginas que me consumiu um tempão. Ontem à noite, porém, eu não tinha mais desculpa: éramos eu e O passado, e fui em frente. Li três capítulos, me dei por vencida. Desculpe, Alain Pauls, você é bom demais na sincronicidade pra que eu consiga ler seu romance agora. Estamos, eu e ele, muito presentes em tudo ali, em Rímini e Sofia, nas lembranças, nas referências, nos bilhetes. Os bilhetes... Senti que eu ia começar a chorar. Fechei o livro, pus de lado. Hoje é dia dos mortos, mas a ferida ainda está longe de cicatrizar.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
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