Eleanor H. Porter (Scipione, 2008)
Foi o assunto de ontem na pizzaria. "Você também leu?" "Mas era aquela capa com o rosto de uma garota sardenta?" "E alguém se lembra de Pollyanna Moça?" Sim, sim e sim, respondi. Ganhei Pollyanna da minha avó, com a garota sardenta na capa, quando tinha uns 6 ou 7 anos - se bobear, ainda tenho esse exemplar perdido por aí, com o papel jornal se esfarelando.
"Ser Pollyanna" virou sinônimo de um otimismo exacerbado e ingênuo, mas eu duvido que alguém que tenha lido o livro na infãncia não tenha tentado se dedicar, também, ao jogo do contente. Era bobo demais, mas dava a ilusão de que tudo tinha um lado bom: da vizinha rabugenta ao acidente que deixa as pernas quebradas. Mesmo assim, entre os dois volumes eu prefiro Pollyana Moça - nele, a menina cresceu, a vida começa a cobrar seu preço e ela percebe, enfim, que o jogo nem sempre é solução. Além disso, tem romance e a expectativa de um grande mistério. Acho que vou ler outra vez.