domingo, 3 de agosto de 2008

Mau humor

Mau humor
Ruy Castro (Companhia das Letras, 2002)

Comprei esse livro no início dos anos 1990, com outra capa e outro nome - O melhor do mau humor. Minha intenção era dá-lo de presente ao meu então namorado, um sujeito deliciosamente mal humorado (pelo menos para mim; as pessoas que conviviam conosco não pareciam ter essa visão tão poética da ranzinzice alheia). Não lembro qual foi o motivo, mas acabei não dando o livro coisa nenhuma. Arranquei a página onde havia escrito uma dedicatória inspirada e fiquei com ele para mim.

Trata-se de uma compilação de citações venenosas disparadas por gente do calibre de Oscar Wilde, Woody Allen, Paulo Francis e aquela série de figuras das antigas de quem o Ruy Castro vive falando, eu não conheço e acho que estou perdendo muito por isso: Ambrose Bierce, W.C. Fields, a turma da Round Table do Algonquin de Nova York. Pois de todas as frases, a única que ficou na minha cabeça é do próprio Ruy Castro, e rendeu uma excelente epígrafe: "Ao cético que existe em você - e que você insiste em enjaular naquela esperança de que talvez o ser humano saiba o que faz. Pois, olhe, pode acreditar numa coisa: ele não sabe."

Nenhum comentário: