domingo, 12 de abril de 2009

Essays

Essays
George Orwell (Penguin, 2000)

O homem que me apresentou a esse livro saiu da minha vida de uma maneira tão rápida quanto entrou. Foi uma decepção tremenda. Por uns dias, acreditei que ele seria diferente. Especial. Ele me apresentou também ao Brodsky. Me deu de presente algumas gravações de I'm thru with love. De Orwell eu só havia lido 1984, há muito tempo. Estava animada com esse livro e já tinha lido um dos ensaios, muito bom, a respeito de good bad books - eu me lembrei de tantos dessa categoria pra escrever aqui! Agatha Christie escreveu good bad books. Rex Stout também.

Hoje é domingo de Páscoa. Eu não acredito em religião, não acredito na ressurreição, em Maomé pulando de jumento para o céu nem em Moisés abrindo as águas do Mar Vermelho. Mas não dá pra negar que certos rituais religiosos me causam certo interesse. Hoje, por exemplo, é um dia metafórico para o renascimento. Que, no meu caso, significa mover todos os emails desse homem para uma pasta escondida, apagar todas as mensagens que ele deixou no meu celular e guardar os livros, tanto o Brodsky quanto os ensaios do Orwell, numa prateleira bem escura dentro do armário - ao lado de O passado, do Alain Pauls, e de 84, Charing Cross Road, que mesmo depois de tanto tempo eu não tenho vontade de ler.

E a vida recomeça, sempre - da mesma forma que o amor.

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