Lúcia Machado de Almeida (Ática, 1995)
Agora há pouco um leitor anônimo deixou um comentário no post de O caso da borboleta Atíria - que, de longe, é o assunto que as pessoas mais procuram no Google antes de chegar a este blog. E procuram em busca de resumos para serem copiados e levados à escola. Acho um absurdo. Sinto vergonha por essas pessoas. O infeliz disse que não tinha preguissa (sic) de ler o livro, mas pedia por favor para que eu publicasse o resumo não só de Atíria como também de Spharion.
Taí: fiquei com vontade de escrever sobre Spharion. (E com vontade de alimentar meu lado Darth Vader incluindo um post falso com o "resumo" de Atíria.) Não, isso não é um resumo. São minhas lembranças queridas de um livro que, por algum tempo, me causou um certo medinho só de olhar para a capa, com aquele homem sinistro e seu cilindro misterioso na cabeça. E também porque o personagem principal, Dico Saburó, tinha um pezinho na paranormalidade. Com Spharion eu aprendi o que é um contador Geiger, fiquei com inveja do romance de Dina Saburó e tive ainda mais vontade de conhecer Diamantina. Sei lá se o livro ficou datado. Sei lá se interessa aos jovens que, hoje, escrevem preguiça com SS. Mas é uma história boa pra caramba.
Atualização - Muita gente chega ao blog procurando por "resumo de spharion" no Google. Ok, todo mundo tem o direito de ser preguiçoso. Se você é um deles, porém, que pena: não sabe o que está perdendo por não ler esse livro.
8 comentários:
E ainda tem gente que critica os projetos gráficos de livros, dos da minha infância lembro de vários pela sensação que a capa me dava. Como esse que te dava medo! Tinha um, que eu deixava com a capa para baixo quando ia dormir, não a queria "me olhando"! Agora, será que ainda existem professores que pedem resumos de livro?
Abraços
Olha, César, o que tem de gente que chega ao meu blog procurando no Google por "resumo de o caso da borboleta atíria" ou "resumo de o gênio do crime" não tá escrito... :-(
Ah, te linkei no Covil!
Esse comentário vc pode apagar se quiser! hehe
Olá, Isabel! Antes de mais nada, gostaria de dizer que gostei bastante dos temas do seu blog! Sempre bom encontrar amantes da literatura por aí!
Quanto à Spharion, resolvi, após leituras pesadas, descansar a cabeça e relembrar os tempos de infância. Acabei por pegar Spharion pra ler. Sei lá se cresci demais e virei um adulto rabugento (meu Deus, não acredito que estou dizendo aqui que já sou adulto! Que lástima!), mas a verdade é que não gostei tanto como quando era criança.
A história de Dico ainda é bastante criativa e a grandiosa pesquisa da autora e alguns "devaneios" da prosa ainda possuem lá seus grandes valores. Mas achei o texto tão mal escrito, os personagens tão sem personalidade e a história tão mal contada!
É uma sensação meio frustrante saber que alguém se empenhou tanto (vide bibliografia ao fim do livro) e, mesmo assim, o que conseguiu foi algo tão superficial.
Enfim... escreverei sobre Sphario e meu Covil. Não deixe de passar por lá.
Quanto às visitas por causa dos resumos, vivo a mesma experiência. Mantenho uma contoteca no Covil com mais de 300 contos, além de fábulas e lendas. Os comentário que mais recebo são do tipo: "Ai, como é grande. Não tem resumo?" Isso porque, muitas vezes, os textos não chegam a uma lauda!
Eis aí o valor da literatura para os alunos fundamentais de hoje!
Aff, escrevi demais como sempre!
Oi, João Victor (como você vê, passei no Covil!). Obrigada pelo elogio, mesmo eu não sendo grande fã de Tolkien. :-)
Acho que é grande a tendência da gente não amar tanto assim os livros que nos marcaram quando crianças. Eu mesma encontro vários livros que, hoje, considero mal-escritos. Mas, sabe, eles têm um valor sentimental tão grande, pra mim, que acabo relevando os defeitos. Acontece com Spharion, com O caso da borboleta Atíria, Uma rua como aquela, toda a série da Inspetora, O gênio do crime... (bem, esse é muitíssimo bom, mesmo lendo de novo já adulta).
Um abraço
Bah, medo de ler por causa da capa, eu tinha medo, acho que ele ficou uns 3 anos guardado aqui em casa, e nem ficava no meu quarto, certo que eu iria ter pesadelos quando fosse dormir ...
E quando li achei o máximo, e também achava o cilindro estranho, ri de mim mesmo quando descobri que era uma capacete com uma lanterna rsrsrs.
abraços, muito bom o blog, você precisa voltar a escrever nele.
Também li Spharion e gostei muito do livro. Ainda tenho um exemplar dele em casa. Ótima história para os jovens, cheia de mistérios e suspense. Uma trama intrigante e inteligente. Spharion merece um filme. Tenho um blog também sobre literatura. faça uma visita nele.
Um abraço.
Esse livro me deixou sem dormir direito uns 3 dias quando eu era criança.
Se ele cair nas mão do Spielberg, é Oscar na certa!
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