Roberto Saviano (Bertrand Brasil, 2008)
Leio na Folha que Gomorra vendeu mais de 2 milhões de exemplares na Itália - 37 mil no Brasil - e que foi traduzido para mais de 30 idiomas. Exemplar. Pena que o livro seja ruim. Eu mal podia esperar a edição em português (não leio em italiano há décadas) porque estava muito curiosa pela história, pra saber como o autor, um jornalista, conseguiu infiltrar-se no crime organizado de Nápoles para depois relatar os descalabros da Camorra. Foi jurado de morte e creio que ainda se encontra sob proteção policial.
Ok, aqui é preciso fazer uma confissão: eu não li o livro inteiro. Não consegui. Os dois primeiros capítulos são tão ruins que no terceiro eu resolvi abandonar a leitura. O capítulo inicial, então, é uma tortura: "o porto de Nápoles é movimentadíssimo, mas paradoxalmente silencioso. O porto de Nápoles recebe sei lá quantos mil contêineres por dia e xis por cento de toda a muamba produzida na China. Quando cheguei ao porto de Nápoles, fiquei impressionado com a quantidade de contêineres e com o silêncio e a discrição que ali imperam. Tanto por cento da muamba que vem da China passa por ali." E assim mais outra, e outra, e outra vez. "Ok, já entendi", dá vontade de gritar pro Saviano - que, a propósito, manda umas boas 40 páginas sem contar como e por que foi parar ali, ou com que facilidade alugou um apartamento em Nápoles e logo depois já estava dirigindo carros para pegar roupa falsificada . Sei não. Eu desconfio que ele está com a cabeça a prêmio principalmente por ser mau escritor.
2 comentários:
Ahh eu tb tentei ler o livro e não consegui.
Gostaria de tentar entender como fez sucesso.
Pois é, Alessandra. E o filme, você viu? Disseram que é ainda pior. Um abraço
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