George Orwell (Ibep Nacional, 2003)
Quando eu li 1984, na adolescência, o máximo de invasão de privacidade que podia existir era alguém ouvir minhas conversas pela extensão do telefone ou ler meus diários - duas coisas que, acredito, nem minha mãe nem meu irmão nunca fizeram. Eu tenho horror de vigilância. E da cobrança que pode vir dela. Tenho horror de que alguém controle meus horários, meus gastos, que possa controlar os sites que acesso, os livros que leio. E então decidi que, com menos de dez dias de uso, vou excluir minha conta no Facebook - porque aquilo é vigilância voluntária. Tô fora.
Por coincidência, é hoje a final da nona edição do Big Brother Brasil. Não duvido que a maioria dos espectadores do programa ignore a origem da expressão Big Brother - o Grande Irmão vigilante de 1984. E não discuto a vontade que as pessoas têm de participar de programas do gênero ou de sites de relacionamento, Orkuts, Facebooks, Twitters (e eu vejo BBB). Mas foi bom descobrir que isso não é pra mim. Das poucas imagens que guardo do livro, lido há tanto tempo, está a voz onipresente do Grande Irmão falando com Winston. Pra mim, já chega a voz que sai da minha própria mente.
2 comentários:
Boa noite,
Vinda do 'Mundo de K', passei aqui para uma visitinha amiga.
Nunca li este livro.
Volto quando possível.
Boa semana!
Oi, Lígia, seja bem-vinda!
Um abraço, Isabel
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