sexta-feira, 3 de abril de 2009

O espelho mágico de M.C. Escher

O espelho mágico de M.C. Escher
Bruno Ernst (Taschen, 1991)

Ontem à noite, no bar. Festa pelos 25 anos de uma garota querida que trabalha comigo. A certa altura, eu disse para meu amigo: "Você está parecendo um dos caleidociclos do Escher". Ele deu risada. O resto do povo olhou sem entender. E eu fiquei com preguiça de explicar os caleidociclos do Escher. Acho que eu nem saberia explicá-los. Objetos de montar? Figurinhas pra recortar e colar? Pequenas geringonças pra deixar a gente doida?

Teria sido mais fácil mostrar a eles esse livro da Taschen, editora alemã que publica belos livros de arte, com a obra de Escher - Maurits Cornelis Escher - interpretada pelo matemático Bruno Ernst. Eu admito: li muito pouco. A mim, interessa mais ver, em boas reproduções, as xilogravuras e litografias espantosas criadas pelo holandês. Conheci Escher em um quadro que havia no consultório da minha primeira terapeuta, quando eu tinha uns 22, 23 anos; o "Belveder", desenho de um mirante num lugar isolado e algo deprimente. Um dia, eu percebi: o belvedere era uma construção impossível. Seus pilares de sustentação saíam da parte de fora e subiam cúpula adentro, o pé da escada apoiava-se no piso interno e na parede externa, um garoto sentado no banquinho segurava um cubo bizarro. Figuras pra deixar a gente doida - e, no caso do "Belveder" que eu conheci, instaladas num lugar muito apropriado.

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