(Companhia das Letras, 1988)
Estou lendo a "biografia" de George Plimpton, o sujeito que colocou de pé a Paris Review, uma revista literária criada por americanos na década de 50, em Paris. (O motivo das aspas será devidamente explicado no post sobre o livro, assim que eu terminar a leitura.) E então me deu vontade de tirar da estante os dois volumes de Os escritores, lançados em 1988 e 1989 por uma iniciante Companhia das Letras, com a reunião das melhores entrevistas publicadas pela revista ao longo de décadas. (Segundo parêntese: é engraçado ver como eram fraquinhos o projeto gráfico do livro e o texto de orelha no ano em que a editora abriu as portas.)
Logo no primeiro volume encontrei dois post-its e várias frases grifadas. Na entrevista com Dorothy Parker, a respeito de colegas escritoras que, a seu ver, não mereciam muito respeito: "E pensar que havia aquele pobre otário do Flaubert que rolava no chão durante três dias procurando a palavra certa." Em Borges, um post-it laranja e nenhuma anotação (Ruy, eu gosto do Borges quando são livros de entrevistas; tem um dele com o Sábato que é muito bacana.) O segundo volume (é a capa que ilustra o post) tem Nabokov, Garcia Márquez, Isak Dinesen, Auden, Hemingway... Ambos estão esgotados há séculos; consegui os dois volumes graças àquele meu livreiro infalível.
2 comentários:
Isabel, obrigado pelas boas-vindas lá embaixo! Só um toque, que me escapou: não é difícil achar na internet os dois contos do João do Rio que você menciona (claro que o melhor mesmo seria achar o livro, mas, se você quiser googlar...).
Adoro as entrevistas da "Paris Review". Ganhei de um amigo, no início dos anos 90, exatamente esse volume d'"Os Escritores" que você usou para ilustrar o post -não o releio faz tempo, mas, se me lembro bem, minhas entrevistas preferidas nele eram a do Nabokov (que era de uma arrogância divertidíssima) e a do Auden.
Beijos!
Ruy, então procure ler a "biografia" do Plimpton, George being George, que acabou de sair em inglês. O New York Times publicou uma resenha bacana do Graydon Carter, da Vanity Fair, sobre o livro: http://www.nytimes.com/2008/11/16/books/review/Carter-t.html?_r=1
Bjs
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