domingo, 21 de dezembro de 2008

Maysa

Maysa - Só numa multidão de amores
Lira Neto (Globo, 2007)

Vi outro dia na TV a chamada para a próxima minissérie da Globo, sobre Maysa, e quase caí pra trás: a atriz escalada para o papel principal é a cara da cantora, uma semelhança impressionante. Já vi que vou ter de fazer o esforço de dormir tarde (ou melhor, de largar a leitura noturna mais cedo) pra acompanhar o programa; sempre gostei da voz de Maysa, de sua interpretação apaixonada de Ne me quitte pas e de Se todos fossem iguais a você.

Não sei se a biografia de Lira Neto ajudou na composição da minissérie; sei que o filho da cantora, Jayme Monjardim, colocou à disposição do autor arquivos familiares e os diários da mãe para ajudar na elaboração do livro. É bem feito, tem boas histórias e permite à gente entender os tais oceanos não pacíficos que mostravam seus olhos, no dizer de Manuel Bandeira. Maysa era precoce: compôs e cantou cedo, casou-se cedo, teve um filho cedo e começou a beber muito cedo. Não é de se espantar que também tenha morrido cedo, aos 40 anos, deixando pra trás um turbilhão de amores, tristezas, porres e gravações cheias de sentimento. Como em quase toda biografia, porém, só lamento que a quantidade de fotos do livro seja reduzida: é muito interessante ver a evolução da beleza de Maysa, da maquiagem pesada e cabelos arrumadinhos dos anos 50 à liberdade leonina das calças jeans e cabeleira revolta dos anos 70.

Um comentário:

Anônimo disse...

Também tenho uma certa nostalgia dela, isabel, sobretudo do 'espírito' de suas interpretações, tão pungentes. Vou tentar ver a minissérie, depois do fiasco que foi Capitu espero que essa valha a pena, ou o sono.
beijo,
clara lopez