Gilberto Freyre (Topbooks, 2001)
O motorista de táxi, em Recife, queria me cobrar 100 reais só pra me levar à oficina de Francisco Brennand - dali seria outro táxi até a Fundação Gilberto Freye e mais sei lá quanto para voltar a Boa Viagem. Não fui. Sim, bate um certo arrependimento, mas 100 reais numa só corrida de táxi, em 2002, doía ainda mais do que hoje, e eu não tinha ninguém com quem dividir a viagem. Paciência.
Mas eu não me conformava em sair do Recife sem trazer alguma coisa de Gilberto Freyre, mesmo que não fossem as fotos que eu pretendia tirar em sua antiga residência de Apipucos. Por isso fiquei feliz da vida quando encontrei, na Casa da Cultura, uma livraria bagunçada que vendia edições da Fundação e outros títulos de Freyre, como esse então novinho relançamento. Que vontade de poder encontrar, no Recife de hoje, as ruas, casas, fantasmas e aparições que o velhinho reuniu nesse livro: o sobrado da Estrela, a casa da esquina do Beco do Marisco, o sobrado das três mortes, a casa da Imbiribeira... Outro dia eu li um guia de Londres que sugere uma série de roteiros, digamos, macabros na cidade. Será que ninguém se anima a fazer o mesmo com as assombrações de Gilberto Freyre?
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