Vida literária no Brasil - 1900
Brito Broca (José Olympio, 2005)
Brito Broca foi um crítico literário que, ao contrário de Silvio Romero e José Verissimo, ainda hoje conhecidos por uns ou outros, caiu quase totalmente no esquecimento. Uma pena, porque deixou trabalhos interessantíssimos, como essa grande crônica da literatura brasileira na virada do século 19 para o 20. Sou capaz de apostar que, não tivesse morrido atropelado, em 1961, aos 58 anos, Broca teria concluído seu projeto com louvor: uma trilogia sobre as letras brasileiras, incluindo um volume sobre o modernismo.
O melhor de Vida literária no Brasil - 1900 (que ganhou essa pífia reedição pela José Olympio, em nada diferente da terceira edição, de 1975) é que Brito Broca não só tira do pedestal nomes consagrados - seu relato da briga entre Silvio Romero e José Veríssimo é impagável - como traz à tona nomes desconhecidos que, embora não tenham a menor importância para a história literária do país, ajudavam a agitar o mundo das letras nos 1900. Mas também estão lá Machado de Assis, Olavo Bilac, Coelho Neto, Luís Edmundo. Quem gosta de ler e de saber sobre escritores fica até com uma certa nostalgia, vontade de bater ponto na livraria Laemmert ou se encontrar na Colombo, como fazia toda essa turma.
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