Sam McBratney (Walker Books UK, 2006)
Desde Pedro, o coelho, de Beatrix Potter, eu não me interessei por nenhum outro coelhinho literário fofinho até conhecer a dupla de pai e filho deste livro encantador - pra dizer a verdade, pai e filho são duas lebres, e não coelhos. Há uma edição em português, mas foi em inglês que eu o li, logo depois do lançamento, e foi em inglês que eu o mandei de presente para o homem com quem descobri um amor tão intenso quanto a distância que nos separava.
É esse, justamente, o tema do livro: a intensidade do amor, que a lebre-filho tenta traduzir em distâncias, numa divertida competição com o pai. "Eu te amo daqui até o rio", diz o filho. "Mas eu te amo até as montanhas que ficam depois do rio", rebate o pai. Não dá pra quantificar o amor. Mas a disputa dos dois bichinhos dá uma boa idéia de até onde ele pode chegar.
3 comentários:
Isabel
Deu vontade de ler... estou lendo teu blogue aos pouquinhos. Muito interessante o que você escreveu sobre tentar lembrar no final, principalmente no fim de um livro grande, lembrar o que lemos, a ânsia (no meu caso) para reter cada linha que mais gostei, sei que posso riscar mas adoraria sabê-la decor... li algo bem interessante (já esqueci boa parte) um artigo na internet chamado "I Google, therefore I am losing the ability to think" - talvez você goste.
Um abraço, voltarei
Raquel, seja bem-vinda! Eu já ouvi falar sobre esse artigo - por coincidência, outro dia assisti a um bate-papo com o Eduardo Giannetti e alguém na platéia fez uma pergunta do gênero: será que corremos o risco de "emburrecer" com o Google e quetais? E a triste resposta dele, um sujeito que considero brilhante, foi: "creio que sim...". Abraço, Isabel
Isabel, também considero o Giannetti brilhante. Nunca o vi pessoalmente mas é um pessoa quando vejo na tv me passa confiança, acho que vou chorar com essa resposta dele! um abraço
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