J. Toledo (Record, 1999)
Tá, é bizarro. Mórbido. Freak. Doentio. Mas suicídio - o tema - me atrai muito. Se tem gente disposta a escrever sobre o assunto, eis-me aqui disposta a ler (estou ansiosa pelo lançamento de Suicídio - O futuro interrompido, da jornalista Paula Fontenelle, que deve sair por esses dias). Uma das atitudes mais comuns diante de gente que se matou é dizer "um covarde". O escambau! Estar ali, à beira da morte, e decidir-se por ela, é coisa de uma coragem sem tamanho.
Então essa obra de J. Toledo é uma excelente referência a respeito, com duas características muito bacanas e outras duas questionáveis. As bacanas: a inclusão de personagens de ópera e literatura (e como tem figura cantante que se mata!) e a identificação da bibliografia correspondente logo abaixo de cada verbete. Por outro lado, a maior parte dos "suicidas ilustres" é, na verdade, formada por ilustres desconhecidos - como o francês François Buzot (século 18), o inglês Charles Blount (séc. 17), a brasileira Elsie Houston (começo do século 20), o inglês Barney Barnato (século 19). E, por fim, Toledo inclui entre os suicidas gente como Marilyn Monroe, Chet Baker e Linda McCartney, que morreram sem que se saiba exatamente se foi de caso pensado ou não.
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