O barão nas árvores
Italo Calvino (Companhia das Letras, 1991)
Essa semana eu encontrei um pedacinho do passado e foi bom ver que, por mais que certas coisas não possam ser de novo o que já foram, a lembrança que vai existir pra sempre é bonita e carinhosa, uma lembrança que a gente sempre pode retomar pra se sentir reconfortado, quando preciso. De uma maneira menos tortuosa do que pode parecer, esse livro causa em mim o mesmo efeito: pensar nele traz uma sensação de aconchego que eu sinto apenas diante de coisas cheias de lirismo e beleza.
Na leitura de alguns - principalmente de quem não vê o sutil valor de Calvino -, O barão nas árvores não passa de uma fábula ingênua. Pra mim, não é. A história de Cosme Chuvasco de Rondó, um nobre rapaz do século 18 que, num certo dia de sua vida, resolve viver em cima das árvores, está cheia de uma ironia inteligente e de uma delicada poesia. Do alto, Cosme vê melhor a vida aqui embaixo. Acompanha as idas e vindas de sua família. Apaixona-se por Viola. E permanece firme ao propósito de nunca mais descer.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
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2 comentários:
violeta??
não era viola ? violante?
^^
mas o livro é ótimoo!
Tem toda razão, Anônimo. Era Viola! Já vou corrigir no post. E Viola é um nome tão delicioso quanto Cosme Chuvasco de Rondó. Abraço
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