quarta-feira, 13 de maio de 2009

Quase noite

Quase noite
Alice Sebold (Agir, 2008)

A primeira frase, bem interessante: "When all is said and done, killing my mother came easily". E por isso comprei este livro numa edição hardcover americana, por apenas 10 reais, do meu livreiro preferido. Mas, à medida em que a leitura avançava, vi que se tratava de um caso idêntico ao de O que eu amava. Em nenhum momento rolou muito entusiasmo. Não senti aquela necessidade urgente de virar as páginas pra saber o que aconteceria em seguida.

E olha que, nas primeiras 100 páginas - foi até onde eu li - Helen, a assassina, telefona para o ex-marido e confessa seu crime, vai até a casa da melhor amiga e transa com o filho dela, revolve a mente em dezenas de lembranças que tentam mostrar a indiferença, pra não dizer frieza, que a mãe lhe dedicou a vida inteira. O problema é que a narrativa, até bem-escrita, não desperta o menor sentimento. Não dá pra ter raiva da mãe, nem de Helen, nem sentir compaixão pela filha atormentada. Muito, mas muito diferente de um excelente livro sobre disfunções familiares, Precisamos falar sobre o Kevin.

Consta que The lovely bones, o primeiro livro de Alice Sebold, é melhor. E que Clair, a mãe assassinada de Quase noite, é muito parecida com a própria mãe da escritora, descrita em Lucky, seu volume de memórias. Mas, eu, por enquanto, não sinto a menor curiosidade por eles.

5 comentários:

César disse...

Eu li "The Lovely Bones" assim que saiu, entusiasmado com as críticas que vinha levando. E apesar de não ter lido esse, posso dizer que me senti como você, indo lendo, achando até interessante para saber o que iria acontecer mas sem me despertar muito sentimento. Lembro que quando comprei li na Amazon o povo comentando que tinha se emocionado, alguns chorado e sei lá mais o que... Logo o problema era comigo mesmo. Mas aí o livro que avança até bem chega no final e vira uma coisa meio "Ghost" o que fez ir por água abaixo tudo que eu tinha achado antes. Vi que vai virar um filme, o Bones, e acho que vai ser um dos casos que o filme é melhor que o livro.
Mas a pergunta que não quer calar é: Afinal, você terminou O que eu amava? Ou venceu o 'livro chato'?
Abraços

Isabel Pinheiro disse...

Oi, César, o livro chato venceu. Deixei "O que eu amava" no meio, mesmo. E não tenho vontade nenhuma de voltar... :-) Já tá difícil arrumar tempo e concentração pra ler coisa boa, imagina esses livros que não nos dizem nada. Abraço!

pamela suelen disse...

eu adoro ler comprei esse livro parei na metade e optei por terminar a leitura, mas no final não entendi o q aconteceu a impressão q da e q Helen vai se entregar mas os policias entram na casa e nem sinal dela e ela mesma diz q ira esperar encontrarem ela ela fica na casa de sua mãe e os policias vão pra lá ela simplismente some não sei o q pode ter acontecido com a mulher n da nem pra imaginar!!

Cibele disse...

Eu sou fã nº1 de Uma Vida Interrompida. Foi um livro que realmente me prendeu, que me conquistou. Li muito rápido, ansiosa para terminar e descobrir mais sobre a Susan, mas detestei o filme. É idiota, não tem nada a ver com o livro, mudou tanta coisa que parece outra história... O enredo de "Quase Noite" não me conquistou, e seu comentário me deu menos vontade ainda de ler. Parece que a Alice Sebold não anda muito bem...

Fernanda disse...

Realmente eu também não senti nenhum entusiasmo ao ler este livro. Além de não ensinar nada de bom para quem o ler!