segunda-feira, 11 de maio de 2009

100 experiências gastronômicas para se ter antes de morrer

100 experiências gastronômicas para se ter antes de morrer
Stephen Downes (Prumo, 2008)

E como, apenas pela falta dela, eu estou obcecada por comida, vamos a este outro livro inspirador, que eu li em inglês quando um amigo, editor, recebeu a obra para avaliação (e não se interessou em publicá-la, daí ela ter ido parar na editora Prumo, creio eu). Embora essa onda de fazer 10, 100 ou 1000 coisas antes de morrer já tenha enchido além da conta (e olha que até a semana passada eu estava trabalhando numa versão dessas), achei a ideia interessante - no mínimo, pra eu ler sobre ingredientes e receitas de que nunca tinha ouvido falar.

Primeira constatação: eu comi bem pouco do que está na lista. Ela reúne não apenas comidas, mas às vezes receitas de um lugar específico, outras apenas uma indicação de bar ou restaurante. Às minhas experiências, pois: steak tartare, Museo del Jamón (Madri), pato de Pequim, "proper mayonnaise" (a que a minha mãe fazia), "proper beurre blanc" (que eu fazia), macarrão feito em casa (da minha vó Tosca), ervilhas frescas, coq au vin, berinjela à milanesa, gratin dauphinois, manga madura e charcuterie (embutidos). Doze itens.

Aí entra a segunda parte: coisas que eu não comeria jamais. Como andouillette. Downes recomenda o restaurante Chartier, em Paris, mas nem lá nem em qualquer outro lugar eu comeria andouillette outra vez (sim, já tive esse desprazer). Pombo (parente próximo, acredito, do rato e do esquilo). Ensopado de morcego. Parrilla argentina (também já experimentei, e fui "premiada" logo com o timo. Urgh). Tripa. Ovo de mil (ou cem) anos (outro dia abriram um desses na redação e a gente quase morreu sufocado). Fugu (peixe) cru - ele tem veneno no fígado e em outros órgãos, e pode matar o pobre coitado que o experimentar.

Por fim, vem a parte dos sonhos: o que eu espero comer algum dia, embora nem saiba onde fica a maioria desses lugares. Cassoulet de Castelnaudary. Foie gras em Bordeaux. O café da manhã do hotel Saigon Morin. Sanduíche de peixe em um barco pesqueiro no Bósforo. Quiabo feito na wok. Salada morna de rúcula e bacon. Linguiças frescas. Um tomate cultivado em casa. Uma ostra do Pacífico recém-aberta. Sashimi fresquíssimo. Queijos não-pasteurizados na França.

Olha só: ganhei na conta do que eu já comi. Mas ainda falta comer muito, e muito que nem entrou no livro de Downes. Frango de Bresse. Tacacá. Uma legítima cuca do Sul. Sorvete ou bolo de lavanda. Clafoutis de figo. E o falafel da dona Malka.

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