O menino maluquinho
Ziraldo (Melhoramentos, 2008)
Este é o livro que eu dou de presente sempre que algum amigo/amiga conta que vai ser pai/mãe. Sei que o bebê ainda não nascido vai demorar alguns anos pra poder curtir a história do menino maluquinho, mas não resisto ao me lembrar que essa é a infância que eu desejo pra toda criança: com macaquinhos no sótão, fogo no rabo, vento nos pés e o olho maior que a barriga. E o final, assim como o final de Flicts, também do Ziraldo, continua me causando um arrepio de contentamento.
O caso é que tem sido cada vez mais difícil continuar gostando do Ziraldo. Depois do episódio no check-in do Rio de Janeiro, hoje foi a vez de eu ficar com birra dele ao ver o documentário Ninguém sabe o duro que dei, sobre Wilson Simonal. Bom filme, que não transforma o personagem em santo porque foi injustiçado no tempo da ditadura. E injustiçado por uma campanha que, se não começou ali, encontrou uma receptividade imensa no Pasquim de Jaguar e Ziraldo. No filme, Jaguar trata o caso quase como deboche. E Ziraldo até parece que tenta, mas não consegue, justificar o linchamento a que foi submetido o cantor em sua revista - por causa de boatos, não comprovados, de que Simonal seria informante do Dops.
Se não me engano, tanto Ziraldo quanto Jaguar receberam boladas indenizatórias por terem sido perseguidos durante a ditadura. Eu fico pensando se não teria sido o caso de Simonal processar os próceres do Pasquim pelo mesmo motivo.
terça-feira, 26 de maio de 2009
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