Viajando pela Europa e pelo mundo
José Cretella Jr. (Círculo do Livro, 1988)
Em setembro de 1988, quando comprei este livro (não achei a capa original para colocar aqui), eu nunca tinha nem andado de avião. Acho que só tinha saído do estado de São Paulo uma vez, para ir a Curitiba (as viagens que fiz pequenininha, com meus pais, não contam; eu era um bebê). E nunca, nunca poderia sonhar que um dia iria eu mesma escrever sobre turismo. Mas, de algum modo, "a mosca azul da viagem", como diz o professor José Cretella Jr. no começo de seu livro, já havia me picado. Eu guardava matérias sobre cidades interessantes, colecionava folhetos, lia o que pudesse sobre o assunto.
E, por isso, até hoje tenho um carinho enorme por esse livro, que me fez sonhar e me ajudou a planejar minha primeira viagem à Europa, em 1991. Ele só não foi comigo na mala porque eu já carregava um Frommer's gigantesco e perfeito pro espírito mochileiro: Europa a US$ 50 por dia. E também porque não é exatamente um guia, mas um apanhado de informações sobre lugares turísticos vistos pela perspectiva do autor. Hoje, percebo com facilidade alguns defeitos: a tradução de nomes próprios, diretrizes um pouco confusas, a narrativa um tanto empolada.
Mesmo assim, ainda sigo algumas dicas de José Cretella Jr. A de não aceitar encomendas em viagens, por exemplo. A de me informar ao máximo sobre o lugar que vou visitar (ele conta a história impagável de um turista que esperou Florença pela excursão inteira sem se ligar que, em italiano, o nome da cidade é Firenze). A de não visitar, em um dia, mais de um museu ou igreja. E a de fazer, de cada viagem, a minha viagem. Termino com a frase com que ele inicia o primeiro capítulo do livro: "Se me fosse possível desenhar um ex-libris, para pregá-lo nos livros da minha biblioteca, imaginaria um brejeiro diabinho, com o tridente, no qual estariam inscritas as palavras: amar, ler e viajar." Eu também.
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