terça-feira, 12 de agosto de 2008

O que eu amava

O que eu amava
Siri Hustvedt (Companhia das Letras, 2004)

Cheguei à página 254 deste livro quase por acaso, porque por pouco não larguei a leitura no começo. Embora eu tenha ficado curiosa pela história, achei o texto meio chato. Muita descrição de obras de arte que fazem a gente prestar uma atenção danada pra tentar visualizar tudo aquilo, uma estrutura um pouco repetitiva, um narrador monocórdio. Aí fiz uma coisa que não deveria fazer, e eu sei que não deveria fazer: dei uma folheadinha pra frente, pra ver se havia alguma perspectiva de mudança - um novo capítulo próximo de onde eu estava, sei lá.

Pois dei de cara com a segunda parte do livro e, logo na primeira frase, um personagem morreu. Não tive alternativa a não ser continuar a leitura pra saber como, por que justo essa morte? Passei o funeral, passei o luto, li mais um pouco e agora estou lá, na página 254. Faltam outras 250 para o livro terminar. E não sei o que fazer. Continuo, mesmo um tanto a contragosto? Largo, e fico sem saber como a história acaba? Largo apenas por um tempo, e tento voltar em outra hora?

7 comentários:

Anônimo disse...

Eu tenho o péssimo hábito de sempre terminar um livro. Eu fico me forçando a terminar, numa competição contra o livro como se o terminar me fizesse vencedor de alguma coisa. E sempre que eu termino eu digo que nunca mais me obrigarei a ler um livro... Um dia hei de conseguir largar um pela metade, acho que essa sim será minha verdadeira vitória contra o livro chato!

Isabel Pinheiro disse...

Ai, César, que preguiiiiiiiça... Mas realmente não é fácil largar um livro pela metade. Acho que nunca fiz isso - no máximo, a leitura começava, não engrenava e eu acabava deixando de lado. Mas bem na metade dá um pouco de dó, ainda que o sentimento venha junto com um "ei, mas eu não tenho obrigação nenhuma de terminar essa leitura". Abraço,

Anônimo disse...

Isabel,
não li esse livro, mas lembrava da capa que vi uma vez numa Papelivro. Pela simplicidade e por essa natureza morta eu gostei muito da capa. Vou anotar o título e autor.
um abraço

Nicole disse...

Ai, Isabel, oi, Raquel!
Leiam o livro. eu estou no final, com uma pena imensa de terminá-lo.
É lindo demais.
Sinto o Leo vivíssimo e pertinho de mim....
Leia...

Márcio Macedo disse...

Esse livro é fenomenal, mas tem um apelo um tanto quanto intelectual que muitas vezes não agrada muita gente. Eu li de cabo a rabo porque gosto de artes e NYC.

Ravena disse...

o livro é incrivel o começo é tanto qnto chato mas o desenrolar dos fatos e a forma como a autora envolveu a historia deles com as historias descritas em alguns trechos no começo é ótima. eu senti o cmeço do livro se desvendar no meio e no fim como se en tao eu entendessem o porq de tantas explicações e tmb o porq do titulo 'o que eu amava' no final faz todo sentido

Anônimo disse...

Livro ótimo. Mostra de uma forma real a dor da perda, a dor do fracasso, as inseguranças do ser humano e que nem sempre a vida tem finais felizes. Recomendo!