quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Vintage Sacks

Vintage Sacks
Oliver Sacks (Vintage Books, 2004)

Um pot-pourri de Oliver Sacks só não é melhor porque me faz pensar no quanto eu ainda quero ler desse homem e aí baixa a depressão de saber que não, eu não vou conseguir ler tudo o que ainda quero ler na vida. Para ficar só nele: Alucinações musicais, O homem que confundiu sua mulher com um chapéu, Tio Tungstênio - e talvez A ilha dos daltônicos e Vendo vozes, porque há intrigantes capítulos de ambos nessa pequena coletânea de textos extraída de diversos livros do médico.

Eis aqui o triste relato da doença de Rose R., que "acordou" de uma encefalite letárgica depois de 43 anos (de Tempo de Despertar). A história do dr. Bennett, um cirurgião do Canadá que convive com a Síndrome de Tourette e, mesmo assim, segue operando sem problemas (de Um antropólogo em Marte). A conclusão de que as visões e alucinações de uma freira do século 12 não passavam de sintomas de enxaqueca (de Enxaqueca). E, bem bacanas, as experiências científicas que o pequeno Oliver Sacks fazia em família, e que depois o levaram à neurologia (de Tio Tungstênio).

Do capítulo sobre o dr. Bennett: Any disease introduces a doubleness into life - an "it", with its own needs, demands, limitations.

Um comentário:

osvjor disse...

legal. Sacks foi um dos autores que li pra descobrir que o negócio esquisito que eu tinha -- fortes alterações visuais seguidas de esgotamento físico -- era enxaqueca. Devo isso a ele. Se dependesse dos médicos a que fui, até agora estava fazendo exames e sendo interrogado sobre minha vida sexual.