Legacy of ashes
Tim Weiner (Bantam Books, 2007)
Eu nunca tinha me interessado por nada relativo à CIA (Central Intelligence Agency) até ler O vulto das torres, o ótimo livro de Lawrence Wright sobre a Al Qaeda - entre outros fatores, Wright credita à briga entre CIA e FBI o desleixo que levou aos atentados terroristas de 11 de setembro. Pouco depois, comprei esse Legacy of ashes, ainda sem tradução em português, que conta a história da agência de forma meticulosa e quase didática (para sorte de quem, como eu, sabe quase nada da política americana).
Foi, portanto, na condição de leiga total em matéria de serviço secreto e governo, que eu me espantei com fatos como a) os Estados Unidos não tinham nenhum serviço de espionagem durante a Segunda Guerra; b) os Estados Unidos não sabiam sequer como implantar um serviço de espionagem; c) a CIA, ao contrário do que eu imaginava, é um exemplo de desorganização e trapalhadas; d) seus agentes caíam como patinhos nas tramas muito mais espertas de inimigos como a União Soviética da Guerra Fria. E por aí vai, incluindo o caso dos U2, da tentativa de invadir a Baía dos Porcos, do Irã-Contras, do 11 de setembro. Ainda que, por vezes, eu tenha tido a impressão de que um assunto não foi devidamente esgotado (acho que nem dava, porque só pra contar o básico lá se foram mais de 500 páginas), trata-se de um ótimo relato jornalístico - e que, infelizmente, pelo teor tragicômico dos desfechos, pode ser encarado também como uma ótima comédia.
domingo, 13 de abril de 2008
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