Jonathan Franzen
Abro aqui uma exceção para escrever não sobre um livro, mas sobre um texto que acabei de ler online no caderno MAIS!, da Folha de S. Paulo. Acredito que a exceção se justifique: é raro eu ter vontade de ler alguma coisa no MAIS!, detesto textos longos na tela do computador e esse mesmo assim me agarrou desde o começo. Acima de tudo, é claro, o tema e a escrita me tocaram de uma maneira especial.
Admito que só comecei a ler porque confundi o Franzen, que não conhecia, com outro Jonathan, o Safran Foer. E continuei porque me vi em algumas situações que ele descreve logo de início, sobre os hábitos no celular - fiquei até com vergonha quando ele fala da perua na fila do supermercado porque às vezes eu sou assim, e o pior é que também morro de raiva de quem faz isso. Mas o ponto alto do texto, acredito, está na parte que começa com a correspondência entre o pai e a mãe, e que fala das manifestações de amor de um jeito tão sincero e direto. Se os romances de Jonathan Franzen forem tão bons quanto esse texto, já vi que vou juntar mais volumes à pilha de livros que se acumula ao lado de minha cama.
3 comentários:
Isabe, cheguei por aqui atravé do seu comentário no blog "linha de pesca". Gostei muito do seu espaço e me identifiquei mais ainda com os textos. Voltarei com mais calma, já tenho um link seu no meu mundo. Muito prazer.
Kovacs, seja muito bem-vindo! Eu também li seus comentários no Linha de Pesca e ontem mesmo já dei uma lida no seu blog. Parabéns, gostei muito!
Um abraço, Isabel
Fico feliz que o linhadepesca enseje encontros tão legais. Quanto ao texto, isabel, achei muito bom também, e o interessante é que a crítica ao espaço privado invandindo o público que ele faz todo o tempo acaba se tornando uma cofissão pública de emoções pessoais e casos familiares, e a carta do pai é belíssima. Gostei tb da observação sobre a mãe e suas limitações no espaço da casa que, no final, para ele, fica entre os vencedores, muito sensível o autor. E sobre os que falam nas filas de supermercados indiferentes à humanidade das moças do caixa, acho que esse é um dado de classe social, mais do que cultural. Posso pensar nessa atitude numa mega cidade como NY, ou em bairros de classe média alta, como Leblon, no Rio, por exemplo, mas aqui onde moro as moças são quase "da família", conhecemos há anos, dou chocolates pra elas às vezes, e quase sempre converso um pouco.
um abraço,
clara lopez
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