Panati's extraordinary origins of everyday things
Charles Panati (Harper USA, 1989)
Não tenho quase nada contra as livrarias brasileiras. Mas poucos lugares me deixam mais feliz do que uma livraria grandona americana, seja a Strand, a Barnes & Noble, a Borders - ou mesmo uma pequena loja com cara de filme antigo, como a Olsson's, em Washington DC. Meu grande prazer é me enfiar entre as estantes e passar uma tarde inteira, se necessário, vendo livro por livro de assuntos como culinária, moda, viagens, referência. Às vezes é tanta possibilidade que a escolha se torna impossível: diante de uma estante até o teto com biografias de John Kennedy na Strand, em janeiro, acabei saindo de mãos vazias.
Foi numa dessas incursões que encontrei esse Panati's extraordinay origins of everyday things. Inútil? Talvez. Quem é que precisa saber como surgiram os Kleenex e os esmaltes de unha? As Barbies e os abridores de lata? Mas uma boa parte de mim adora cultura inútil, e teima em acreditar que, um dia, essas informações encontrem, afinal, utilidade no que eu escrevo. E o Panati's não se limita a estabelecer a origem de objetos como papel higiênico, máquina de costura e talheres. Trata também de costumes natalinos e casamenteiros, fábulas infantis, superstições e maneiras à mesa. Outro dia mesmo eu impressionei dois interlocutores contando a história do trenchcoat. E nem foi no Panati's que aprendi!
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