quarta-feira, 18 de março de 2009

Anarquistas, graças a Deus

Anarquistas, graças a Deus
Zélia Gattai (Companhia das Letras, 2009)

E aqui cabe a confissão: eu nunca gostei de Jorge Amado. Meu avô adorava, tinha uma boa coleção do baiano na estante. Li uns e outros, e até hoje não consegui me desfazer da ideia de que JA escreveu apenas dois livros: a linha Capitães da Areia/Mar Morto e a linha Gabriela/Dona Flor/Tieta. É claro que isso pode ser uma grande bobagem, mas foi o que senti. (Talvez eu ainda possa ler Tenda dos Milagres pra ver se mudo de opinião.)

Por isso, tive a maior surpresa ao ler Anarquistas, graças a Deus - e só li por insistência das minhas tias, acho que numas férias no Guarujá, diante da garantia delas de que o texto de Zélia Gattai não tinha nada a ver com o do marido. É verdade. Anarquistas... é o primeiro de uma série de livros com as memórias de Zélia. Mais centrado em seus pais, Ernesto e Angelina, conta a história de uma família de italianos que veio para o Brasil e viveu intensamente na São Paulo das primeiras décadas do século 20. Depois virou minissérie da Globo, mas essa eu não assisti.

4 comentários:

Rogério/Ruy disse...

"E aqui cabe a confissão: eu nunca gostei de Jorge Amado."

Nem eu. Quanto a "Anarquistas", li o livro e vi a série da Globo (ambos há muito tempo -acho que assisti à série primeiro). Gostei dos dois, mas não sei se, relendo/revendo agora, gostaria de novo. Beijo!

Isabel Pinheiro disse...

Putz, como é bom encontrar alguém que concorda comigo. Eu falo que não gosto de Jorge Amado e as pessoas olham pra mim como se eu tivesse dito que torço contra a Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

Lembro que, na época em que li Anarquistas..., fiquei com vontade de ler o restante das memórias da Zélia Gattai. Mas acabou não rolando. Beijo!

Anônimo disse...

Taí, eu gosto de Jorge Amado e não suporto o ícone criado em torno de João Gilberto. Acho que minha vivência com a raiz nordestina de meu pai fez com que eu gostasse dos livros de Jorge. Meu preferido é Bahia de Todos os Santos, tente.

Quanto a Zélia Gattai, adoro. Aí bateu o lado italiano da família... Recomendo A Casa do Rio Vermelho.

Anônimo disse...

Esqueci de assinar...

Bruce!