quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A elegância do ouriço

A elegância do ouriço
Muriel Barbery (Companhia das Letras, 2008)

Foi o querido doutor Reinaldo que me indicou esse livro, tão doce e tão surpreendente. Acho que ele põe fé na minha recuperação, já que os temas tratados estão longe de ser fáceis, ainda que trabalhados com leveza e uma certa poesia. É daquele tipo de leitura que dá vontade de voltar para a primeira página assim que a história acaba. E eu chorei no final - fazia muito tempo que eu não chorava por causa de um livro.

A elegância do ouriço - o título estranho se justifica de um jeito bem pertinente - é formado pelas narrativas paralelas da concièrge de um edifício em Paris e de uma garota de 12 anos que mora no mesmo prédio. Renée, a concièrge, esconde sua personalidade forte e seu gosto pela cultura porque não considera que essas sejam características apropriadas para alguém em sua posição. A garota, que só tem o nome revelado na parte final do livro, acredita que a vida não tem o menor sentido e por isso decide se matar em seu aniversário de 13 anos. Daí, a certa altura, a vida das duas se entrelaça.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu ganhei o primeiro capítulo, que estava sendo distribuído na Cultura, mas não li ainda. Tinha pensado que fosse alguma coisa do tipo "Quando Nietzche chorou" ou "não sei o que da Sofia".
Seu post me animou a ler.
Mário.

Isabel Pinheiro disse...

Mário, leia tranqüilo. O livro não tem nada a ver com esses que você citou. Você pode até não gostar - mas certamente não será por causa de auto-ajuda disfarçada, como o Nietzsche e a Sofia. Abraço