Diego M. Zigiotto (Grupo Editorial Norma, 2009)
Tudo começou com a avó da Fernanda, que conta a seguinte história: ainda mocinha, numa excursão para Buenos Aires, ela teria visto o corpo embalsamado de uma menina, vestida de branco, num mausoléu do cemitério da Recoleta. Há alguns anos, o Edu e a Fê estiveram lá e não encontraram nem rastro da garota - nem da história. Eu também já tinha visitado o lugar e o máximo que vi foi o túmulo de Evita, além de algumas sepulturas bem bonitas, com esculturas interessantes e ares art déco.
Em dezembro, estive em Buenos Aires outra vez - um pouco antes do Edu e da Fê, que voltaram para lá em janeiro - e botei na cabeça que ia tentar descobrir o túmulo da menina embalsamada. Acabei nem tendo tempo de visitar o cemitério, mas logo no começo da viagem (e de um périplo por livrarias em busca por livros sobre Xul Solar) encontrei este Las mil y una curiosidades..., que, certamente, tiraria nossa dúvida: a garota que a avó da Fê viu ainda estaria ali, embalsamada?
Não está. Pode ser que ela tenha visto a estátua de Luz María Garcia Velloso, a "dama de branco", uma menina que morreu de peritonite aos 14 anos, em 1924. Segundo o livro, a mãe de Luz, desesperada, chegou a dormir dentro da cripta, junto à estátua da garota, que foi retratada de branco, deitada sobre um leito de rosas.
Sou do tipo que gosta de visitar cemitérios, principalmente em viagens. Não vejo nada de sinistro neles. E, em minha próxima vez em Buenos Aires, espero prestar minha homenagem à dama de branco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário