Rio de Janeiro, RJ
Pena. Escondido por trás de uma portinha, o sebo da Dias Ferreira, mesmo pequeno, convidava a horas de investigação em busca de edições antigas e outras difíceis de serem encontradas por aí. Confesso que só superei o medo da escada - daquelas com rodízios, que se apóiam nas paredes, e que me obrigaram a me agarrar às estantes, com medo de cair - quando vi que, nas prateleiras mais altas, estava a coleção do Lima Barreto. Foi ali que achei, para dar de presente a um amigo muito querido, O cemitério dos vivos, em que Lima Barreto conta sobre o tempo que passou internado num hospício. Do mesmo autor, comprei ainda dois volumes de sua correspondência. Uma edição antiga das crônicas do Machado de Assis. Um livro de Guimarães Passos, um sujeito que, por certo tempo, fez parte de uma pesquisa literária que eu empreendi com esse mesmo amigo.
Eu voltaria à Dantes tantas vezes quanto voltasse ao Rio de Janeiro.
Eu tenho medo de altura - e isso não quer dizer apenas que eu nunca subi ao alto da Torre Eiffel, ao Pão de Açúcar ou ao Empire State. Tenho vertigem em elevador panorâmico. Não gosto de subir em cadeira para trocar lâmpadas. Pois, com tudo isso, passei momentos muito felizes em cima de uma escada meio suspeita para xeretar as prateleiras mais altas do finado sebo Dantes, que ficava na rua Dias Ferreira, no Leblon. A loja, vejo hoje no site, não existe mais: deu lugar a uma editora que já lançou, entre outros, títulos de João do Rio, Ana Miranda e o Seis problemas para dom Isidro Parodi, escrito sob pseudônimo pela dupla Borges & Bioy Casares.
Pena. Escondido por trás de uma portinha, o sebo da Dias Ferreira, mesmo pequeno, convidava a horas de investigação em busca de edições antigas e outras difíceis de serem encontradas por aí. Confesso que só superei o medo da escada - daquelas com rodízios, que se apóiam nas paredes, e que me obrigaram a me agarrar às estantes, com medo de cair - quando vi que, nas prateleiras mais altas, estava a coleção do Lima Barreto. Foi ali que achei, para dar de presente a um amigo muito querido, O cemitério dos vivos, em que Lima Barreto conta sobre o tempo que passou internado num hospício. Do mesmo autor, comprei ainda dois volumes de sua correspondência. Uma edição antiga das crônicas do Machado de Assis. Um livro de Guimarães Passos, um sujeito que, por certo tempo, fez parte de uma pesquisa literária que eu empreendi com esse mesmo amigo.
Eu voltaria à Dantes tantas vezes quanto voltasse ao Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário