O homem dos círculos azuis e O homem do avesso
Fred Vargas (Companhia das Letras, 2006 e 2004)
Voltei de Paris apaixonada por Jean-Baptiste Adamsberg, delegado do V arrondissement, nascido na região dos Pireneus, baixote, feioso, intuitivo, devagar. E muito esperto, como mostra O homem dos círculos azuis, o primeiro de uma série de livros policiais a ter Adamsberg como protagonista. Durante a viagem, deu tempo de ler esse e O homem do avesso, título que vem na sequência - e que, não entendi muito bem o motivo, a Companhia das Letras publicou fora da ordem de lançamento original.
Mas se Adamsberg continua apaixonante de um livro para outro, tanto pela maneira como resolve seus casos como pela relação vaivém, apaixonada e impossível, com Camille Forestier, Fred Vargas carece de um pouco mais de originalidade. Quem lê O homem dos círculos azuis e O homem do avesso na sequência vê que a autora usou a mesmíssima fórmula para criar seus assassinos. Não é difícil, portanto, descobrir a identidade do criminoso de O homem do avesso.
Pensando bem, o mesmo recurso - mais não digo para não estragar o prazer da leitura inédita - foi usado também em Relíquias sagradas, o penúltimo livro da série até agora. O diacho é essa publicação não-sequencial, que deixa evidentes os vácuos na história de Adamsberg e Camille; ainda assim, o relacionamento dos dois é pano de fundo mais que suficiente para manter o interesse entre uma trama e outra. Até onde eu sei, Fuja logo e demore para voltar, o único outro livro do delegado publicado no Brasil, e que eu ainda não li, é o quarto título a tê-lo como protagonista. Há um quinto, seguido de Relíquias sagradas, e um sexto livro editado apenas em francês.
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