sábado, 27 de junho de 2009

Strand

Strand
Nova York, Estados Unidos

Como eu morei na cidade, e costumo visitá-la sempre que posso, não é raro que amigos peçam dicas de passeios quando vão a Nova York. Para os de espírito artístico eu indico o MoMA, museu de arte moderna que passou por uma reforma há alguns anos e está melhor do que nunca, seis andares que valem um dia inteiro lá dentro. Quem está a fim de comer bem e barato recebe o endereço do Gray's Papaya da rua 72, onde dois hot-dogs deliciosos custam menos que uma nota de 5 dólares. Mas o que eu mais gosto de fazer é falar das livrarias da cidade. Qualquer Borders ou Barnes & Noble já vale a visita, tamanha a quantidade de títulos em exposição. Pois eles são fichinha perto do acervo da Strand, um sebo genial que se gaba de ter 18 milhas - quase 29 quilômetros - de livros.

Felizmente, na última vez em que estive na Strand, em 2008, o aspecto poeirento e um tanto caótico da loja havia melhorado muito. Mas ainda é difícil encontrar, lá, qualquer coisa que já não esteja antes na sua cabeça. Eu fui querendo uma biografia do Kennedy - encontrei uma estante inteira, do chão ao teto, com biografias do Kennedy. E pra saber qual deles valia a pena? Saí de mãos vazias. Então o bom é fazer uma listinha, ou preparar-se para ficar horas vasculhando as estantes de temas específicos. Certa vez encontrei, baratíssimos, diversos livros antigos sobre enfeites de Natal (eu estava num pique decorativo). E foi lá que comprei meu It must have been something I ate, na época recém-lançado, a continuação de O homem que comeu de tudo.

E vale, principalmente, percorrer a Borders e a Barnes & Noble em busca de lançamentos, anotar o que for interessante e depois procurar os títulos na Strand. No térreo, uma parte desse sebo não-convencional reúne diversas novidades, algumas com pequenos defeitos - páginas mal-refiladas, uma mancha de tinta na capa, a lombada que saiu um pouco torta -, outras saídas do departamento de divulgação das editoras, a preços mais baixos que nas livrarias convencionais. Com a informatização do catálogo, também ficou mais fácil encontrar o que se procura, desde que você tenha paciência para aguardar na fila de gente que se forma querendo informações.

2 comentários:

Barros (RBA) disse...

Valeu pela dica!
Para quem é rato de livraria como eu, deve ser um programa e tanto.

Isabel Pinheiro disse...

É sim, Barros. Não só pela economia, mas pela sensação deliciosa de se ver em meio a milhões de livros de tudo quanto é assunto possível. Abraço