O muro
Jean-Paul Sartre (Nova Fronteira, 2005)
Minha amiga Tati Bernardi escreveu sobre sua peregrinação pelos sebos da avenida Pedroso de Moraes, em São Paulo, em busca do livro A náusea, do Sartre (acabou encontrando uma edição portuguesa, com mais de 50 anos, que nunca tinha sido nem manuseada: ainda tinha as páginas coladas). Nunca li A náusea - aliás, nunca li nada do Sartre além do conto que dá nome a O muro, e que li provavelmente numa época totalmente errada, quando ainda não entendia nada da vida, e por isso odiei o texto, odiei o autor e odiei, numa generalização idiota, todo o existencialismo.
Acho que chegou a hora de ler O muro outra vez. Lembro mais da sensação de injustiça que ela me causou do que da história em si: um prisioneiro condenado ao fuzilamento ganha a chance de se livrar da morte se delatar um certo amigo fugitivo. Ele decide, então, fazer uma delação de mentirinha: dizer que fulano está no lugar X, quando na verdade ele está no Y. Na hora H, porém, o amigo muda de esconderijo e acaba no mesmo lugar X onde a polícia vai procurá-lo. É triste. É cruel. Mas acho que na maioria das vezes é assim que as coisas acontecem.
domingo, 20 de setembro de 2009
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Um comentário:
Pois é... eu acredito que o muro seja mais do que a simples história, as descrições são ricas pra caramba, os pensamentos do Ibbieta e de todos os outros... No fim o fim do livro é o que menos importa!
ashuahshaus
e a náusea é foda!
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