Não, Jean-Baptiste, não faça isso. Que coisa feia. Só dá pra perdoar - ou melhor, não dá pra perdoar, mas dá pra entender - porque sua cabeça estava longe, envolvida com o semeador. E não um semeador qualquer, um que sai por aí plantando hortas, pomares, jardins. Um semeador da peste. Doença, mesmo. A única diferença é que essa mata por estrangulamento, e não através de pulgas infectadas. Deixa os corpos pretejados por carvão de macieira. E não parece escolher suas vítimas ao acaso.
Dos quatro livros de Fred Vargas que li, esse foi o que mais gostei - embora a melhor explicação para a relação de Jean-Baptiste Adamsberg e Camille Forestier esteja em O homem do avesso; a metáfora do rio é realmente bacana. Mas Camille e Adamsberg são só um pano de fundo para as histórias de crimes que o delegado resolve depois de muito ouvir, intuir e caminhar. Mesmo assim, também como em Relíquias macabras, é preciso abstrair um pouco a crença na hora em que os crimes são explicados. Tudo bem, é ficção, e pelo menos dessa vez a autora usou de um jeito menos óbvio a fórmula que criou para esconder a identidade do assassino.
Eu me viciei em Adamsberg. Acho que o jeito é procurar pelos dois livros que faltam, em inglês, numa Amazon qualquer.
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