A montanha encantada e A mina de ouro
Maria José Dupré (Ática, 2002)
Minha sobrinha nem completou 1 ano e já descobriu como os livros podem ser divertidos. Semana passada, na casa da minha mãe, ela se apoiou em pé, na primeira prateleira da estante, e começou a jogar, um por um, os livros no chão. Eu deixei - sobrinhas fofas podem fazer quase qualquer coisa -, ainda que aquela fosse parte da minha biblioteca, que mantenho na casa da minha mãe por falta de espaço no meu microapartamento.
Quando Martina jogou A montanha encantada no chão, minha cabeça voltou sei lá quantos anos no tempo. Na hora eu me lembrei de uma cena do livro: as crianças - que entraram na montanha e encontraram uma cidade de anões - vestidas para o casamento de um príncipe e de uma princesa. Uma das meninas usava um vestido cor do arco-íris. Outra, um vestido de céu estrelado. Aí Martina pegou A mina de ouro, também de Maria José Dupré e da mesma coleção (que eu pensava ser, mas não é, a Vagalume), e minha cabeça viajou de novo: a cena em que, perdidas dentro da mina, as crianças sonham com suas comidas preferidas.
Eu adorava esses livros de aventura, sonhava com elas. Criava na imaginação situações difíceis, como as de Maria José Dupré (que, pensando hoje, são bem parecidas e meio repetitivas), para inventar soluções e cenas como as que ficaram pra sempre na minha memória. E agora torço para que Martina cresça logo e eu possa tentar brincar da mesma maneira com ela. Torço para que ela descubra que os livros não são divertidos apenas quando caem no chão.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
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